Comentário do blog;
Está explicado o ódio da esquerda aos americanos; lá os poderosos vão presos. Aqui, com toda certeza, grande parte dos politicos tem "poblemas" (nova gramática aprovada pelo MEC) com a justiça.
Folha de São Paulo
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Atualizado às 19h04.
Em meio ao escândalo envolvendo seu diretor-gerente Dominique Strauss-Kahn, acusado de abuso sexual nos EUA, o FMI (Fundo Monetário Internacional), reuniu-se nesta segunda-feira e decidiu manter o francês no cargo e continuar acompanhando os desdobramentos do caso.Veja quem são os possíveis sucessores de Strauss-Kahn no FMI
Entenda as acusações contra o diretor do FMI
Diretor do FMI aumenta lista de escândalos sexuais de poderosos
Prisão de chefe do FMI agrava incerteza sobre crise da zona do euro
Clóvis Rossi:Você votaria num predador sexual?
Membros da diretoria do organismo receberam informações detalhadas sobre a prisão de Strauss-Kahn em Nova York e o andamento do seu caso. Mais cedo, a promotoria nova iorquina recusou conceder fiança...
Em comunicado, o órgão internacional não apoiou nem condenou seu diretor-gerente.
"O FMI e sua diretoria executiva continuarão a monitorar os desdobramentos", disse a porta-voz Caroline Atkinson, acrescentando que na reunião o número 2 do órgão, John Lipsky, e o conselheiro-geral, Sean Hagan, informaram a cúpula da entidade sobre o caso.
A decisão da Justiça americana de manter Strauss-Kahn preso foi fundamentada na possibilidade de que ele pudesse fugir dos Estados Unidos.
"O fato de que ele estava prestes a embarcar em um voo [quando foi preso], que levanta algumas preocupações", disse a juíza Melissa Jackson.
FIANÇA
Outro argumento usado pela promotoria e acatado pelo tribunal foi o de que Strauss-Kahn já era suspeito de ter cometido crimes semelhantes.
Ao dizer que o diretor do FMI poderia voltar a qualquer momento para a França e escapar de eventual condenação, os promotores citaram o cineasta Roman Polanski, que, acusado em 1977 de violência sexual contra uma menina de 13 anos em Los Angeles, passou anos refugiado na Europa.
Shannon Stapleton/Reuters |
Dominique Strauss-Kahn em audiência de tribunal criminal |
O diretor do FMI deve ficar preso ao menos até uma nova audiência, marcada para acontecer na próxima sexta-feira. Seus advogados já afirmaram que ele continuará se declarando inocente e que se submeterá à exames da polícia científica para coletar provas que sustentem sua versão para o caso.
Strauss-Kahn é acusado de ter tentado violentar a camareira de um hotel onde se hospedava em Nova York no último sábado. Ele foi preso dentro de um avião tentando embarcar para a França. A moça tem 32 anos.
SEGUNDA ACUSAÇÃO
Também nesta segunda-feira um advogado francês disse que sua cliente estava considerando apresentar uma queixa contra Strauss-Kahn, por um suposto incidente sexual ocorrido há quase uma década.
O advogado David Koubbi disse que Tristane Banon, uma escritora, poderia apresentar uma queixa por um suposto incidente que ocorreu quando ela foi entrevistar Strauss-Kahn, o ex-ministro das Finanças francês, em um apartamento.
O suposto ataque contra Banon ocorreu em 2002. Segundo a lei francesa, acusações de assédio sexual devem ser apresentadas dentro de três anos, mas acusações de estupro podem ser registradas até 10 anos após a agressão.
Mike Segar /Reuters | ||
Dominique Strauss-Kahn (centro), chefe do FMI, deixa delegacia de polícia de Nova York na noite deste domingo |
Ela disse à TV francesa durante o final de semana que agora se arrependia da decisão.
ENTENDA O CASO
As acusações que Strauss-Kahn enfrenta, segundo a polícia americana, incluem "agressão sexual, retenção ilegal e tentativa de estupro" de uma camareira de 32 anos em um quarto de hotel em Nova York.
Stephen Chernin/France Presse - 14.mai.2011 |
O hotel Sofitel, em Nova York, onde Dominique Strauss-Kahn supostamente tentou abusar sexualmente de uma camareira |
De acordo com o sub-comissário de polícia de Nova York, Paul Browne, ouvido pela emissora CNN, Strauss-Kahn apareceu nu quando a funcionária entrou em seu quarto para limpá-lo, por volta das 13h do sábado (14).
Browne disse que Strauss-Kahn tentou abusar da mulher mas ela conseguiu fugir e correu até a recepção do hotel. Os funcionários alertaram a polícia mas, quando os agentes chegaram ao hotel, o chefe do FMI já havia fugido para o aeroporto, deixando no quarto alguns objetos pessoais, entre eles seu telefone.
O celular esquecido no quarto do hotel Sofitel foi decisivo para a prisão do diretor-gerente do FMI. Já no aeroporto JFK, o francês ligou para a recepção informando onde estava e pedindo para que o aparelho fosse devolvido. Do outro lado da linha, um policial atendeu e direcionou equipes para o terminal aéreo.
HISTÓRICO
Não é a primeira vez que Strauss-Kahn se vê envolvido em polêmicas deste tipo. Em 2008, pouco depois de assumir o comando do FMI, ele assumiu ter tido um caso com uma funcionária do organismo, a economista Piroska Nagy, casada com um ex-presidente do Banco Central argentino.
Karen Bleier/France Presse - 12.out.2008 |
O diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, foi preso no sábado nos Estados Unidos, acusado de abuso sexual |
Ainda que não tenha anunciado a sua candidatura, Strauss-Kahn, que é membro do Partido Socialista francês, aparece nas pesquisas como o principal rival do atual presidente Nicolas Sarkozy nas eleições à Presidência da França, marcadas para abril do ano que vem.
Números divulgados no início de maio apontam que o chefe do FMI, que ainda não confirmou se vai concorrer, teria 23% dos votos no primeiro turno contra 17% para a líder da extrema-direita Marine Le Pen e 16% para Sarkozy.
O próprio apoio de Sarkozy para a sua candidatura ao FMI foi visto como uma manobra para afastá-lo da corrida presidencial.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/916608-apos-reuniao-fmi-decide-manter-strauss-kahn-no-cargo.shtml
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