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Petrobras: desconfiança em alta, ações em queda - O Globo

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Publicada em 15/05/2011 às 23h30m
O Globo

RIO - Estrelas da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), as ações da Petrobras estão na berlinda desde o ano passado por causa do processo de capitalização da companhia. Os papéis não deslancharam mesmo oito meses depois da conclusão do aumento do capital. A queda persistente acabou provocando um movimento pouco frequente no mercado acionário: o preço dos papéis no mercado está cada vez mais próximo do valor patrimonial das ações (VPA), informa reportagem de Lucianne Carneiro. Trata-se de um indicador calculado a partir da divisão do patrimônio líquido da companhia (ativos menos passivos) pelo número de ações.
- Isso significa que a ação está valendo praticamente o que os acionistas investiram nela. É um sinal de desconfiança do mercado - afirma Rafael Paschoarelli Veiga, professor da FEA/USP e responsável pelo site www.comdinheiro.com.br.
Levantamento feito no site mostra que, no fim de 2009, o preço da ação preferencial (PN, sem direito a voto) da Petrobras no mercado era o dobro do VPA - R$ 36,69 contra R$ 18,17. Desde então, a diferença reduziu drasticamente. Considerando o patrimônio líquido divulgado no balanço da empresa na última sexta-feira, o VPA em março era de R$ 24,39, frente a um preço de R$ 28,51 da ação no dia 31 de março.
Se a pequena diferença assusta à primeira vista, na verdade pode esconder uma boa oportunidade de investimento. Autor do livro "O Investidor Inteligente" e conhecido pelo título de guru do megainvestidor Warren Buffet, Benjamin Graham defendia a compra de ações de empresas que estivessem sendo negociadas abaixo de seu valor patrimonial.
- Este era um dos critérios defendidos por Graham para identificar oportunidades de compra, mas não deve ser o único. O investidor precisa ficar atento para avaliar se é uma empresa sólida - aponta Veiga.
Capitalização aumentou patrimônio da PetrobrasPara o analista da BB Investimentos Nelson Rodrigues de Matos, a proximidade entre o valor patrimonial por ação e o de mercado mostra que o papel da Petrobras está depreciado. O valor de mercado dos papéis, explica ele, costuma ser maior que o patrimonial. E, em empresas de petróleo, geralmente vale muito mais.
- O que ocorreu é que o patrimônio líquido da Petrobras quase dobrou com o processo de capitalização, ao entrarem novos recursos, em dinheiro e em barris de petróleo. Mas isso não teve contrapartida no preço da ação negociada no mercado - diz Matos, que defende que o valor patrimonial por ação seja usado apenas como um parâmetro e um dos indicadores para avaliar os papéis de uma empresa.
O analista lembra que leva tempo até que os recursos aplicados pela companhia se traduzam em lucros e dividendos para os acionistas.
Segundo Matos, a Petrobras continua com fortes fundamentos econômicos e é, entre seus pares, uma das que têm a maior taxa de crescimento da produção.
- A Petrobras tem um excelente portfólio de projetos, que poucas empresas têm, e isso é positivo. Além disso, os custos de produção do pré-sal estão caindo. Mas hoje o preço da ação está defasado - aponta o analista, que tem recomendação de compra para o papel da companhia.
Seu preço potencial para a ação preferencial é de R$ 42,90 e para a ordinária, R$ 48,50, ambas para o fim de dezembro.
Na avaliação de Paulo Portinho, do Instituto Nacional de Investidores (INI), o valor patrimonial das ações (VPA) é uma espécie de indicador de segurança:
- O valor patrimonial protege o investidor num mercado com tendência de baixa. Se por acaso acabasse, teria dinheiro para pagar os investidores com seu patrimônio - explica ele.
Portinho explica que o valor patrimonial da ação é uma espécie de retrato da companhia no momento, enquanto o preço que o papel está sendo negociado no mercado reflete a expectativa para o futuro da empresa e seu fluxo de caixa.
- O VPA é um indicador para ser observado e vale como mais um parâmetro, mas não se deve decidir o investimento apenas por isso - diz Portinho.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/seubolso/mat/2011/05/15/petrobras-desconfianca-em-alta-acoes-em-queda-924467803.asp#ixzz1MVfop5oF
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