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Palocci: após entrevista, oposição bate e governo silencia

sábado, 4 de junho de 2011

Ministro da Casa Civil falou pela primeira vez sobre salto patrimonial; no Twitter, assunto ficou entre os mais comentados

Carolina Freitas e Gabriel Castro
A entrevista do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, ao Jornal Nacional, nesta sexta-feira, teve repercussão imediata no Twitter. Logo após o início da transmissão, o microblog virou palco para ataques da oposição e revelou o silêncio dos governistas. Em poucos minutos, a entrevista virou o segundo assunto mais comentado do Twitter, com a hashtag #paloccijn. Políticos da oposição usaram a rede social para criticar a escassez das explicações. “Esse comportamento de Palocci só solidifica nossa desconfiança de que ele esconde algo muito sério dos brasileiros, algo escandaloso”, disse o deputado ACM Neto (BA), líder do DEM na Câmara, pedindo a saída imediata do ministro.
O líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), fez eco a ACM: “Se há alguma explicação, o ministro não quis ou não pode dar. O melhor para o país é o seu afastamento.” O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) relembrou o caso do ex-caseiro Francenildo dos Santos Costa, que teve o sigilo bancário violado em 2006 após afirmar a integrantes da CPI dos Bingos que Palocci ia a uma mansão em Brasília frequentada por lobistas. “As contas do homem + forte de Dilma não são privadas como ele disse. Privada é a conta do Francenildo”, disse Aloysio.

Líderes da oposição reforçaram a necessidade de convocar o ministro a se explicar no Congresso. “Foi uma entrevista nervosa, confusa, inconsistente”, disse o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) ao site de VEJA. “Não eliminou nenhum dos indícios e não esgota a crise de forma alguma. Pelo contrário: reforça a necessidade de convocação e eventualmente da CPI.”
Silêncio - Enquanto isso, líderes da base pareciam ter se desligado do mundo ou, ao menos, da TV e da internet. O silêncio só foi quebrado pelo governador do Acre, Tião Viana (PT): “Palocci foi firme, respeitoso, objetivo.” O presidente do PT, Rui Falcão, sumiu do mundo virtual às 19h09 e só ressurgiu às 21h37, para comentar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
A desconfiança veio até mesmo de integrantes da base aliada, como o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP): “Palocci não explicou, no JN, como ganhou tanto dinheiro. Acho que ele deveria evitar mais problemas e se afastar do governo.” O senador Pedro Taques (PDT-MT) também se manifestou: “Confesso que me faltaram algumas respostas na confissão do Senhor ministro-consultor. Dentre elas: o q ele fazia para ganhar tanto?”
Ouvido pelo site de VEJA, líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves, diz que o ministro parecia tranquilo e afirma que acredita em Palocci. Mas, na falta de provas, apela à boa fé: “Ele respondeu a todas as perguntas. Aí fica o questionamento: acreditar ou não na palavra? Ter boa fé ou não? Eu tenho”. Alves lembra, no entanto, que ainda é preciso aguardar um posicionamento da Procuradoria Geral da República sobre as informações repassadas pelo ministro.
Boa fé - A única defesa enfática de Palocci veio do líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP). Para ele, o assunto deve sair da pauta política: “Foi uma boa entrevista porque ele deixou claro que, se tiver explicação a dar, quem deve dar é ele como pessoa física”, afirmou ao site de VEJA. “Quero dar o caso como encerrado”.
Minutos depois da entrevista, a hashtag #boafenaspessoas rapidamente ganhou o Twitter. Uma referência a uma das frases mais marcantes da entrevista. "Tem que existir boa fé nas pessoas".

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