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PMDB e PT buscam nomes para substituição de Luiz Sérgio na articulação política

quinta-feira, 9 de junho de 2011


Negociações

O Globo
Publicada em 08/06/2011 às 16h15m
Luiza Damé, Maria Lima, Cristiane Jungblut, André de Souza e Chico de Gois
BRASÍLIA - O vice-presidente Michel Temer disse nesta quarta-feira, após a cerimônia de lançamento do plano de proteção às fronteiras , que o PMDB não quer a articulação política do Palácio do Planalto. Nesta quarta-feira, o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, almoçou com a presidente Dilma para definir o futuro dele. No planalto, é dada como certa a saída de Luiz Sérgio após a queda do ex-ministro Antonio Palocci.
- O PMDB não quer a articulação política. Isso é com o PT - disse Temer.
Na terça-feira à noite, em reunião do PMDB no Palácio do Jaburu, o nome da ministra da Pesca Ideli Salvati foi rejeitado de pronto para substituir Luiz Sérgio. No partido, que não abre mão de avalizar a escolha do substituto de Luiz Sérgio, a melhor alternativa seria a realocação do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para a articulação política. Mas o nome do líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), também teria apoio do PMDB.
O consenso entre os líderes da base na Câmara e no Senado é que o escolhido deve sair da Câmara, para compensar a escolha de uma senadora para o lugar de Palocci. Mas o PT discutia, em várias reuniões com o presidente Rui Falcão, alternativas novas, como o nome do desconhecido Olavo Noleto, que sucedeu o hoje ministro da Saúde Alexandre Padilha na Secretaria de Assuntos Federativos (SAF).
- Quem? Olavo Noleto? Se ele ligar pra mim não vou nem saber quem é - comentou outro peemedebista que esteve na reunião do Jaburu.
No PMDB, a avaliação é que Vaccarezza ficou meio atordoado com a derrota para Marco Maia (PT-SP) na presidência da Câmara, e que a derrota na votação do Código Florestal não o inviabilizaria para o cargo de Luiz Sérgio.
Sobre a proposta de Michel Temer assumir o comando da articulação política, os peemedebistas torcem o nariz:
- É colocá-lo um degrau abaixo. Michel tem que ter poder, mas não pode ter cargo de ministro.
Líder do PMDB diz que questão da articulação política é 'ordenar espaços'
Depois de participar da posse da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, o líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), disse que a questão da articulação política do governo envolve mais uma redivisão de espaços do que de nomes. A declaração foi dada diante de especulações sobre a permanência do ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Luiz Sérgio.
- É mais uma questão de ordenar espaços, porque estava um pouco confuso. Ele (Luiz Sérgio) foi mais vítima do que culpado (dessa situação) - disse o líder do PMDB.
Na mesma linha, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse que agora a atuação de Luiz Sérgio será avaliada, já que o ex-ministro Antônio Palocci concentrava as funções administrativas e políticas.
- A avaliação de Luiz Sérgio começa agora. A atuação de Palocci era muito supervalorizada - disse Rui Falcão, no Palácio do Planalto.
Vaccarezza defende permanência de Luiz Sérgio
O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), saiu em defesa do ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio. Embora não seja defendida publicamente, a saída do ministro vem sendo lembrada desde a eclosão da crise envolvendo o ex-ministro Antonio Palocci, que pôs em evidência os problemas de coordenação política no governo Dilma Rousseff. Segundo Vaccarezza, Luiz Sérgio é competente e sua substituição não foi cogitada.
- Eu acho que o ministro Luiz Sérgio está fazendo um bom trabalho. Em tempo recorde aprovamos vários projetos no Congresso - defendeu o deputado.
As declarações de Vaccarezza foram dadas após a cerimônia de posse da nova ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. O ex-chefe da pasta, Antonio Palocci, também esteve presente.
Ex-presidente do PT defende que articulação política seja fortalecida
O ex-presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), defendeu uma mudança no modelo da atual Secretaria de Relações Institucionais (SRI) para que o ocupante do cargo tenha mais poder e independência. Berzoini elogiou Luiz Sérgio, disse que ele tem competência e experiência para continuar ministro.
- Ele é experiente, uma pessoa competente. Agora, ele precisa ter instrumentos de trabalho e visibilidade para o mundo político. Não creio que seja um problema de pessoas. Luiz Sérgio tem competência suficiente para continuar exercendo o cargo de ministro - disse.
Berzoini minimizou o fato de que uma das maiores pressões para demitir Luiz Sérgio vem do próprio PT.
- Todas as opiniões são legítimas. Estou dando a minha. A minha opinião é que o ministro Luiz Sérgio tem competência pessoal para continuar exercendo o cargo. A decisão é da presidente Dilma, que vai avaliar se é o caso de trocar por qualquer motivação. Mas ele tem qualidades, eu o conheço há muito tempo, e sei que tem experiência e qualidade para tocar sua função.
O deputado sugeriu mudanças na definição de papéis, uma vez que, quando Antonio Palocci ocupava a Casa Civil, as ações da Secretaria de Relações Institucionais ficaram obscurecidas.
- Precisa melhorar essa definição de papéis. Acho que, com o foco da Casa Civil mais na gestão e na supervisão de ministérios, certamente a SRI tem de ser fortalecida para que ela tenha instrumentos de trabalho para dialogar com o Congresso Nacional e criar um ambiente de coesão na base do governo.
Um outro petista que estava presente na posse de Gleisi Hoffmann avaliou que a única forma de acalmar o PT é fazer uma combinação na distribuição das funções. Ele sugeriu que a Secretaria e a liderança do governo da Câmara sejam divididas entre Cândido Vaccarezza e Arlindo Chinaglia. Já um auxiliar da presidente Dilma Rousseff observou que primeiro é necessário o governo recuperar a relação com o Congresso e depois definir o nome.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/06/08/pmdb-pt-buscam-nomes-para-substituicao-de-luiz-sergio-na-articulacao-politica-924639040.asp#ixzz1Olr7RU3v
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