Panem et circenses

O texto de hoje veio de uma idéia repentina, talvez resultado da forte pancada, que levei na cabeça e, que continua a doer constantemente.
Peço desculpas aos que me vêem como uma bonequinha ou uma intocável lady, mas eu sou bem comum, talvez não muito normal e, aqui, vou postar tudo que a minha loucura ousar.
Colaborações também são bem vindas. Acredito que tudo que fazemos com a proximidade de amigos verdadeiros, fica mais bem feito e consistente.
Sem mais enrolação, vamos ao assunto.
Estamos às vésperas do início de mais uma edição do reality show global, o Big Brother Brasil.
Sei que muitos não vão gostar do que vou dizer aqui, mas acho que a transparência de idéias é fundamental.
Para mim, esse BBB11 vai, mais uma vez, desviar e alienar grande parte da população dos nossos problemas fundamentais, em um momento de início de governo, onde toda atenção é pouca.
Mais uma investida da tendenciosa mídia global no sentido de promover e auxiliar a política do "pão e circo".
Durante 90 dias, um número "x" de pessoas fica confinado em uma casa e dividindo-se nos papéis de mocinhos, bandidos, heróis, desvalidos, promíscuos, homofóbicos...nada vai escapar ao genial tino "comercial" do Boninho esse ano, podem crer. Tudo será apelativamente explorado.
E milhões de espectadores criarão torcidas, discussões polêmicas, blogs, as timelines do Twitter ficarão infestadas só dessa "febre BBB".
Enquanto isso....Continuam os desvios de verbas, permanece o descaso com a Saúde e a Educação, a livre subtração de bens (numa mudança ontológica e folclórica, jamais vista neste país do absurdo); criar-se-ão, certamente, novos pacotes e impostos...
O que eu quero dizer e mostrar é que, não sou contrária e nem condeno o gosto de ninguém, apesar de, particularmente, não gostar de televisão; mas que não podemos perder o foco do que nos atinge no dia-a-dia, na nossa realidade palpável ( e, pelo andar da carruagem, imutável) de Terceiro Mundo.
Não sou e nunca fui boa em política, mas sou cidadã e consciente. Não votei e nem voto no PT, porque não acredito em ideologias de almanaque, nem em trabalhismo elitista.
Acredito que as pessoas precisam de distração, de sonhos, de esperanças, mas sem luta e olho aberto nos acontecimentos diários, jamais chegaremos a lugar algum.