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Bactéria já matou 30 pessoas na Europa; Merkel defende gestão

sexta-feira, 10 de junho de 2011

09/06/2011 - 18h14

FOLHA DE SÃO PAULO
 
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A bactéria Escherichia coli (E. coli) já matou ao menos 29 pessoas na Alemanha e uma na Suécia, anunciaram nesta quinta-feira autoridades alemãs. Em Berlim, a chanceler (premiê) Angela Merkel defendeu a gestão da crise pelo seu governo, alvo de críticas domésticas, internacionais, e até da própria União Europeia (UE).
Um homem de 57 anos morreu em Frankfurt depois de ter viajado no final de maio com a esposa para Hamburgo. Até agora, nenhuma das pessoas contaminadas havia morrido no Estado de Hesse, onde fica a capital financeira do país.

Odd Andersen/France Presse
Na Alemanha, equipes do Instituto Robert Koch investigam fazenda de orgânicos 300 km a oeste de Berlim
Na Alemanha, equipes do Instituto Robert Koch investigam fazenda de orgânicos 300 km a oeste de Berlim
Mais cedo, as autoridades regionais do Estado da Baixa Saxônia e o Instituto Federal Robert Koch haviam anunciado quatro novas mortes.
A bactéria tem afetado principalmente as mulheres, na maioria dos casos com mais de 60 anos. A Baixa Saxônia, onde dez pessoas já morreram, é a área mais afetada. A região vizinha de Schleswig-Holstein já contabiliza sete vítimas mortais.
Uma delas, que faleceu na semana passada na Suécia depois de uma viagem pela Alemanha, também era mulher.
No entanto, a equipe do Instituto Robert Koch continua observando "há alguns dias a tendência de queda no número de novos casos de infecções".
As autoridades de Hamburgo também relataram uma queda no número de novas contaminações". A esperança de que o pior momento [do surto] tenha sido superado aumenta a cada dia", declarou a secretária de Saúde da cidade, Cornelia Prüfer-Storcks, em um comunicado.
DEFESA DA GESTÃO
Após ter recebido críticas da Espanha, cujos pepinos inicialmente foram acusados como fonte do surto, erroneamente, e pela UE, que pediu que a Alemanha parasse de divulgar informações sem base científica, o governo alemão tentou nesta quinta-feira defender sua gestão da crise.
"Trata-se ainda de uma operação muito complicada, achar a fonte [do surto de E. coli], mas sinto que há um um forte acordo em trabalhar com o esforço máximo nisso", disse a chanceler (premiê), Angela Merkel.
Merkel respondeu assim às críticas aos supostos erros de coordenação das autoridades do país diante da crise e afirmou não ter a menor dúvida de que as medidas adotadas foram as corretas.
Segundo o Instituto Robert Koch até agora 2,8 mil pessoas já foram hospitalizadas por causa da doença e 722 desenvolveram a perigosa Síndrome Hemolítico-Urêmica (SUH).
A maioria das mortes foi registrada em Hamburgo, o Estado alemão onde teve início a contaminação, enquanto na Baixa Saxônia dez pessoas já morreram e em Hesse foi identificado nesta quinta-feira o primeiro caso.
Desde 25 de maio, as autoridades alemãs mantêm a recomendação para que a população não consuma alface, pepinos e tomates crus e, desde a semana passada, estenderam esse alerta para sementes germinadas e brotos de feijão.
RECONCILIAÇÃO
Também nesta quinta a Espanha conseguiu o apoio alemão para tentar reconquistar a boa reputação de suas hortaliças. Autoridades espanholas disseram que a Alemanha lamentou as suas primeiras e precipitadas declarações que acusavam os pepinos provenientes daquele país de propagarem a doença.
O governo alemão se comprometeu a esforçar-se para recuperar o prestígio dos produtos agrícolas espanhóis afetados pela crise sanitária na Europa", afirmou Diego Lopez Garrido, secretário de Estado espanhol para a UE, após reunir-se com seu homólogo alemão, Werner Hoyer.
Lopez Garrido disse que a Alemanha dará apoio a uma campanha de promoção dos produtos agrícolas espanhóis que está sendo organizada em Madri para "recuperar o prestígio, a qualidade e a credibilidade dos produtos".
Hoyer "lamentou profundamente" e "expressou insatisfação" pelos danos causados ao setor agrícola espanhol, que se viu "especialmente afetado pelas primeiras declarações que acusaram os pepinos pela origem das contaminações", garantiu o espanhol.

Editoria de Arte/Folhapress

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