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"Quem não te procura, não sente sua falta. Quem não sente sua falta, não te ama. O destino determina quem entra na sua vida, mas você decide quem fica nela. A verdade dói só uma vez. A mentira cada vez que você lembra. Então, valorize quem valoriza você e não trate como prioridade quem te trata como opção."

Crimes na USP caem após morte de estudante

quinta-feira, 30 de junho de 2011

    ESTADÃO
LUÍSA ALCALDE
Quarenta dias após a morte do estudante Felipe Ramos de Paiva, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), e a intensificação do policiamento no câmpus da Universidade de São Paulo (USP), na zona oeste da capital, os crimes caíram cerca de 60% na Cidade Universitária, segundo estatísticas da corporação.
O período analisado no levantamento compara os 40 dias antes do assassinato do estudante com os 40 dias após sua morte, no dia 18 de maio. Dados da PM mostram que os assaltos caíram de 7 para 2 casos, furtos de 46 para 28 (a maioria teria ocorrido no interior das faculdades), roubo e furtos de carro caíram de 21 para zero, homicídio de 1 para zero e sequestro de 1 para zero. Em relação a furtos, houve redução de 39,1%. Dos 28 casos ocorridos nos 40 dias após a morte do universitário, apenas três se deram em local público.
Além de comemorar os bons resultados, o major William Evaristo Wenceslau, subcomandante do 16º Batalhão da PM e responsável pelo patrulhamento da USP, já fala em “quebra de tabu” sobre a histórica aversão à presença de PMs no câmpus. “Pelo menos de boa parte da comunidade acadêmica”, ressalva.
O “termômetro” usado pelo oficial para medir essa aceitação são os chamados que os PMs têm recebido no dia a dia. “Antes éramos acionados para intervir depois que os delitos já haviam ocorrido. Agora, são frequentes as ligações de estudantes, professores e funcionários que observam pessoas em atitudes suspeitas e nos procuram para averiguarmos”, afirma.
Uma viatura e oito motos da PM circulam no câmpus das 6 horas às 23h30 diariamente. Viaturas da Guarda Universitária também patrulham o local. Quem estuda ou trabalha na USP já se sente mais seguro. Os estudantes peruanos de pós-graduação em Ciências da Computação Jorge Luis Guevara Diaz, de 31 anos, e Leissi Margarita Castañeda León, de 23, não se sentem mais receosos de andar pela USP à noite. “Antes da presença da PM, após as 21 horas as ruas eram desertas”, disseram.
Anita Leal, de 21 anos, que faz iniciação científica em Biologia também tem visto mais carros da PM circulando. “Estou mais tranquila agora”, disse. O estudante de Ciências Sociais Luis Serrao, de 25 anos, acha que a segurança melhorou sobretudo para quem se desloca de carro na universidade. Por outro lado, avalia, “é uma forma de afronta à liberdade da faculdade. Afinal, para que servem as câmeras da USP?,” questiona. Amanda Francisco, de 17 anos, trabalha no Hospital Veterinário e disse não ter visto mais ou menos policiais no câmpus. “Para mim, está igual”, disse.
A assessoria de imprensa da USP afirmou, por nota, que a universidade só se manifestará sobre segurança no câmpus após formalização do protocolo junto à Secretaria da Segurança Pública, sem data definida.

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