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Maior do mundo, parada gay de São Paulo debuta e espera 3 milhões de participantes hoje

domingo, 26 de junho de 2011

26/06/2011 - 06h00 | do UOL Notícias

Do UOL Notícias
Em São Paulo

Festa, protestos e brigas marcam 15 anos de parada

Foto 21 de 38 - 29.mai.2005 O prefeito de São Paulo em 2005, José Serra (PSDB), foi à Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, ficando cerca de 30 minutos. O fato chamou a atenção, em função de sua antecessora na prefeitura, Marta Suplicy (PT), ter ficado três horas no evento. Outro destaque da Parada de 2005 foi a grande presença de lésbicas, conforme destacou a Folha de S.Paulo Mais 29.mai.2005 - André Porto/Folhapress

A Parada do orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transsexuais e Transgêneros) de São Paulo, popular “Parada Gay”, completa 15 anos neste domingo (26) diante de um cenário político e social para causa homossexual bem diferente do observado em 1997, quando a parada estreou na capital paulista.

A expectativa da organização é que pelo menos 3 milhões de participantes desfilem pela avenida Paulista e rua da Consolação, entre as 12h e 19h, quando a manifestação termina na praça Roosevelt, no centro de São Paulo. A parada terá transmissão ao vivo, em vídeo, no UOL. A partir das 12h, o humorista, cantor e compositor Falcão e as jornalistas Marcela Rahal e Patricia Vicentini comandam a transmissão direto da avenida Paulista, com flashes ao vivo e entrevistas.

Os internautas também poderão acompanhar a transmissão e fazer comentários pelo Twitter, peloFacebook e pelas salas de Bate-papo do UOL. Você ainda pode participar da cobertura enviando sua foto para vocemanda@uol.com.br. Lembre-se também de postar fotos no Twitter e Facebook com a hashtag #paradagay para @UOLNoticias .

Segundo a organização, o recorde de público nas edições da parada ocorreu em 2007 e em 2010, quando cerca de 3,5 milhões de manifestantes participaram do evento. De acordo com a SPTuris, estatal municipal responsável pelo turismo, a parada é o evento que atrai maior número de turistas à cidade.

O evento, segundo o órgão, só atrai menos turistas estrangeiros ao Brasil do que o Carnaval carioca. Políticos, sindicatos, entidades estudantis, partidos políticos e até organizações cristãs integram a parada.

Em 2010, foram registrados 320 atendimentos médicos e 11 ocorrências policiais, segundo a PM. Na edição de 2009, mais de 44 pessoas foram agredidas na parada e outras 21 ficaram feridas com a explosão de uma bomba caseira no largo do Arouche. Na mesma edição, Marcelo Campos Barros, 35, morreu após ser agredido. Cerca de 1.500 policias militares acompanharão a parada, 700 a mais do que no ano passado.

Na edição deste ano, 13 trios elétricos se apresentarão ao longo da parada, que terá uma valsa coletiva, para comemorar os 15 anos do evento. A ideia dos organizadores é promover a maior valsa do mundo e entrar no Guinness Book (O Livro dos Recordes).

A cantora Wanessa (ex- Wanessa Camargo), que se apresentaria no vale do Anhangabaú às 19h, teve seu show cancelado por falta de verbas da prefeitura de São Paulo, que pagaria a cantora. Para muitos ativistas LGBT, a marcha foi perdendo, ao longo dos anos, o caráter político e se tornando um evento de mero entretenimento.

Contexto político

A parada deste ano acontece no momento em que o movimento gay acumula vitórias e polêmicas. Há pouco mais de um mês, ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiram que casais gays devem desfrutar de direitos semelhantes aos de pares heterossexuais, como pensões, aposentadorias e inclusão em planos de saúde, ao equipararem a união homoafetiva à união estável entre homens e mulheres.

Além disso, a discussão de um projeto de lei no Congresso Nacional que pretende criminalizar a homofobia gera intensos debates em Brasília e uma série de manifestações pelas ruas de diversas cidades do país patrocinadas por grupos de defesa dos direitos homossexuais e também por movimentos cristãos que são contrários à proposta.

Nesse contexto, o tema da parada deste ano será “Amai-vos uns aos outros: basta de homofobia”. "Nos apropriamos da frase para pedir fim à guerra travada entre religião e direitos humanos", diz texto divulgado pela organização do evento em uma "carta aberta contra o conservadorismo e o fundamentalismo".

Outro tema polêmico na ordem do dia é a distribuição de kits anti-homofobia nas escolas públicas do país. O Ministério da Educação já havia preparado os kits, mas a distribuição foi após a presidente Dilma Rousseff ordenar que sejam feitas alterações no conteúdo do material.

Apesar dos avanços conquistados pelos homossexuais nos últimos anos, o Brasil detém um título negativo: é o país que registra o maior número de assassinatos de homossexuais em todo o mundo,segundo o Grupo Gay da Bahia (GGB). A organização divulgou relatório em abril no qual aponta que 260 mortos homossexuais foram em 2010, o que dá uma morte a cada 36 horas. Segundo o grupo, os homicídios de gays aumentaram 113% nos últimos cinco anos.

Por exemplo, pelo trajeto por onde passará a Parada Gay, sobretudo os arredores da avenida Paulista, foram registrados vários casos de agressões a homossexuais nos últimos anos.

Ruas interditadas

Das 10h às 11h30, a avenida Paulista será interditada nos dois sentidos, no trecho entre alameda Joaquim Eugênio de Lima e a rua Peixoto Gomide; a partir das 11h30, o trecho entre a Peixoto Gomide e rua da Consolação será interditado para o trânsito.

Às 12h, a rua da Consolação será bloqueada nos dois sentidos, entre as avenidas Ipiranga e Paulista. Entre as avenidas Ipiranga e São Luís será interditada a pista sentido centro.

A rua Rego Freitas será interditada entre a Consolação e a rua Major Sertório; e a avenida Ipiranga, entre a Consolação e a avenida São Luís.

Transmissão do UOL

A transmissão do UOL terá ainda o reforço de sites parceiros. Giuliano Spadari, do G Online, e André Fischer, do Mix Brasil, farão entrevistas exclusivas e vão mostrar todos os bastidores do evento. A equipe de jornalistas da Agência de Notícias da Aids também colaborará na cobertura.

Na contagem regressiva para a Parada, o UOL Notícias preparou uma série de reportagens especiais, que você acompanha dia-a-dia nesta página especial.

Noção de risco se perdeu, mas camisinha continua importanteEmbora haja um certo descaso em relação ao uso da camisinha, ela deve continuar sendo usada em todas as relações sexuais

http://noticias.bol.uol.com.br/brasil/2011/06/26/maior-do-mundo-parada-gay-de-sao-paulo-debuta-e-espera-3-milhoes-de-participantes-hoje.jhtm

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